Características do mercado da construção civil no Brasil

A construção civil é um setor essencial para o desenvolvimento econômico do Brasil. Segundo a CBIC, o PIB do segmento cresceu 0,7% no 2º trimestre de 2023, em comparação com o primeiro trimestre. A previsão é que, até o fim do ano, o crescimento seja de 1,5%.

Diante desse cenário, é fundamental que os novos projetos de infraestrutura sejam planejados com critérios de sustentabilidade, a fim de enfrentar os desafios ambientais e sociais do presente e do futuro.

Neste artigo, você vai conhecer as principais características e tendências da construção civil nas diferentes regiões do Brasil. Confira!

Panorama da construção civil no Brasil

A construção civil impacta diretamente o desenvolvimento do país ao gerar empregos e renda para milhares de profissionais. Afinal, engenheiros, arquitetos, pedreiros e outros trabalhadores são essenciais para a realização de cada projeto.

Conforme levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o setor é a principal atividade industrial na maioria dos estados brasileiros. Isso demonstra a diversidade geográfica e cultural neste mercado.

A construção civil também apresenta oportunidades e tendências para o futuro, como a adoção de soluções tecnológicas que aumentam a produtividade, a qualidade e a sustentabilidade das obras.

Entre elas, se destaca o uso de elevadores sustentáveis, sofisticados, inteligentes e personalizados, que oferecem mais economia, conforto, rapidez e funcionalidade aos usuários.

Portanto, a construção civil é um segmento dinâmico, que acompanha as mudanças sociais, econômicas e tecnológicas do Brasil e do mundo.

A seguir, confira algumas informações sobre as características e os desafios da construção civil nas diferentes regiões do país.

Região norte: desafios e oportunidades

A Região Norte do Brasil é a maior em extensão territorial, mas também a menos desenvolvida em termos de infraestrutura e urbanização.

Isso representa, ao mesmo tempo, um desafio e uma oportunidade para o setor da construção civil, que pode contribuir para o crescimento econômico e social da região.

O Norte foi a região que registrou maior percentual de aumento de unidades residenciais lançadas no segundo trimestre de 2023. A região saltou de 367 unidades no primeiro trimestre para 4.046 unidades no segundo trimestre: um crescimento de 1.002,5%.

Para aproveitar as oportunidades e superar os desafios da construção civil na região, é preciso investir em planejamento, inovação, capacitação e sustentabilidade.

Nesse sentido, o papel dos profissionais de arquitetura, engenharia e construção é fundamental. Eles podem propor soluções criativas, eficientes e adequadas às características e necessidades locais.

Porém, há desafios também a serem enfrentados. Os principais estão relacionados com os custos de obra, qualificação e oportunidade de emprego.

Nordeste: crescimento e resiliência

O Nordeste se destaca pela sua diversidade cultural, natural e econômica. Mesmo enfrentando os desafios das mudanças climáticas, que comprometem a água e a agricultura, a região tem potencial para crescer e se adaptar à construção civil.

Um dos fatores que estimulam a construção civil na região é a necessidade de moradias, principalmente nas cidades. Norte e Nordeste lideram o déficit habitacional do país, segundo dados da Fundação João Pinheiro.

Para suprir essa necessidade, o setor investe em projetos de habitação popular, como o Minha Casa, Minha Vida. O programa teve bom desempenho em 2023, com a contratação de 720 mil unidades habitacionais, e é uma grande aposta para o próximo ano — quando deve haver ainda mais aceleração. O governo prevê superar a meta de 2 milhões de casas até 2026.

Outro fator que fortalece a construção civil no Nordeste é a adoção de práticas sustentáveis, que buscam diminuir o impacto ambiental e aproveitar melhor os recursos naturais e energéticos.

Para isso, são usados materiais reciclados, renováveis e de baixo impacto, como:

Madeira certificada;
Tijolo ecológico;
Telhado verde.

Além disso, são aplicadas tecnologias que aumentam a eficiência energética dos edifícios, como painéis solares, elevadores sustentáveis, sistemas de reaproveitamento de água, iluminação LED, entre outros.

Centro-Oeste: agronegócio e urbanização

O agronegócio é o principal setor que impulsiona o desenvolvimento da região, gerando riqueza, emprego e renda para milhões de pessoas. A produção agropecuária do Centro-Oeste é a maior do país, produção de soja, milho, algodão e carne bovina.

O crescimento do agronegócio tem provocado também um intenso processo de urbanização na região, com reflexos na expansão e na transformação das cidades. A construção civil é um dos segmentos que mais se beneficia com esse fenômeno, por haver uma demanda crescente por moradias, infraestrutura, serviços e equipamentos urbanos.

No entanto, o cenário também apresenta desafios e oportunidades para o setor da construção civil na região. Por um lado, há um potencial de mercado a ser explorado, tanto nas áreas metropolitanas quanto nas cidades do interior, onde o agronegócio está mais presente. Por outro lado, há dificuldades relacionadas à:

Disponibilidade de mão de obra qualificada;
Logística de transporte e distribuição de materiais;
Sustentabilidade ambiental
Qualidade dos projetos e das obras.

Diante desse contexto, o setor da construção civil no Centro-Oeste deve buscar inovações e modernizações, além de se articular com os demais atores envolvidos no processo de urbanização, visando à promoção de um desenvolvimento urbano mais equilibrado, inclusivo e sustentável na região.

Sudeste: hub econômico e desafios urbanos

A construção civil é um dos setores mais dinâmicos e importantes da economia no Sudeste, gerando emprego, renda e infraestrutura para milhões de pessoas.

No entanto, o setor também enfrenta diversos desafios urbanos, como a falta de terrenos, a mobilidade, a segurança, a poluição, a desigualdade e a exclusão social.

Diante desse cenário, algumas oportunidades que atendem às demandas e às expectativas dos consumidores e da sociedade são:

Utilização de tecnologias que otimizem os processos, reduzam os custos, aumentem a qualidade e a produtividade, além de possibilitar a criação de projetos personalizados e inteligentes;
Adoção de materiais e técnicas sustentáveis, como o uso de resíduos, de fontes renováveis de energia, de sistemas de captação e reuso de água, de tijolos e tintas ecológicos, entre outros, que podem minimizar o impacto ambiental, melhorar o desempenho e a durabilidade das obras, além de gerar economia;
Valorização da qualidade de vida, saúde e bem-estar, que podem ser alcançados por meio de projetos que priorizem a iluminação natural, ventilação, acessibilidade, segurança, integração com a natureza, oferta de áreas de lazer e serviços;
Diversificação dos produtos e dos mercados, que podem ser explorados por meio de novos nichos, como o de moradias populares, imóveis compactos, coworking, coliving, retrofit, reformas, entre outros. Eles podem atender às diferentes necessidades e preferências dos consumidores, especialmente dos jovens, dos solteiros e dos nômades digitais.

Portanto, o setor da construção civil no Sudeste tem um grande potencial de crescimento. Para isso, é essencial que o setor se atualize, capacite, adapte e diferencie, buscando sempre oferecer soluções que sejam economicamente viáveis, socialmente justas e ambientalmente responsáveis.

Sul: qualidade de vida e inovação

O Sul do Brasil é uma região que se destaca pela sua qualidade de vida e pelo seu potencial de inovação na construção civil.

Com um clima ameno, uma cultura diversificada e uma economia dinâmica, o Sul oferece oportunidades e desafios para o setor da construção, que busca se adaptar às novas demandas e tendências do mercado.

Segundo o estudo “Transformação Digital: O Futuro da Construção Conectada”, o Brasil é um dos países com menor nível de maturidade na adoção de novas tecnologias na construção, mas também um dos que apresenta maior potencial de crescimento.

Nesse sentido, o Sul tem se mostrado uma região pioneira e inovadora, com iniciativas que envolvem o uso de:

Materiais ecológicos, como tintas e tijolos, que capturam CO₂
Impressão 3D de estruturas;
Inteligência artificial e a Internet das Coisas para otimizar os processos e a gestão das obras, entre outras soluções.

Por fim, outra tendência que vem influenciando a construção civil é a qualidade de vida, que se refere ao bem-estar e à satisfação das pessoas que vivem e trabalham nos espaços construídos.

Essa tendência está ligada à valorização da saúde, da segurança, do conforto, da acessibilidade, da funcionalidade e da estética dos ambientes, que devem atender às necessidades e aos desejos dos usuários.

Nesse aspecto, o Sul tem se diferenciado pela cultura de valorização da qualidade de vida, que se reflete na construção de espaços que promovem a integração com a natureza, a convivência social, a mobilidade urbana, a diversidade cultural e a inovação tecnológica.

Assim, o Sul é uma região que apresenta um cenário favorável para a construção civil, com oportunidades e desafios que estimulam a inovação e a qualidade de vida.

Tendências para o setor da construção civil

Com o crescimento da construção civil, há a necessidade de criar cada vez mais e melhores soluções para o transporte vertical. É importante que os projetos estejam alinhados com as tendências tecnológicas para integrar práticas sustentáveis em todo o país.

A Otis desenvolve elevadores sustentáveis com drives VVVF regenerativos que produzem “energia limpa” e podem economizar até 75% de energia elétrica. Os equipamentos ainda são compostos por iluminação de LED, modo de espera e cintas revestidas com poliuretano que não necessitam de lubrificação.

Dica: A importância do sistema ReGen para a economia de energia

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